O filme Crash: no limite (2004) dirigido por Paul Haggis, conta a história de como as vidas de várias pessoas se cruzam em Los Angeles através de uma série de eventos interligados. O enredo apresenta uma narrativa dramática e complexa que explora vários temas poderosos, incluindo preconceito, racismo, xenofobia e violência, que são inerentes à sociedade atual.
O roteiro de Crash é centrado em torno de personagens que vêm de diferentes origens étnicas e sociais, que estão todos interconectados de alguma forma. Eles têm suas personalidades e preconceitos moldados por suas experiências de vida, e as raízes desses preconceitos são investigadas ao longo do filme.. Além disso, o levantamento do véu revela que todas essas personalidades individuais com seus preconceitos são resultado da sociedade em que vivem.
Desde o começo, o filme trata de uma colisão entre um homem branco, Don Cheadle, e uma mulher asiática, Terrence Howard. A cena quebra a quarta parede para mostrar como essa colisão afetou a vida de um dos personagens e, assim, apresenta o tema do acaso e do destino. Para entender como essas pessoas se envolveram em tal encontro, o filme revela as histórias interconectadas de outros personagens, como o policial racista, vivido por Matt Dillon, que humilha uma jovem negra e seu namorado enquanto os param na rua. O motorista de caminhão interpretado por Michael Pena, que é espancado e roubado por um grupo de jovens negros, e o executivo de publicidade interpretado por Brendan Fraser, que enfrenta uma decisão ética importante quando o prefeito negro de Los Angeles lhe pede um pequeno favor que pode ter consequências enormes.
O filme menciona várias questões sociais que são um fardo da sociedade moderna, como o racismo, a xenofobia, o medo do desconhecido, o abuso de poder, a traição, a injustiça e a intolerância. Todos esses problemas são apresentados de uma maneira diferenciada pelos personagens e pela narrativa em si. Crash é um filme que fala dos diferentes preconceitos comuns que podem ter origem em qualquer ponto da sociedade, desde os pobres até os ricos.
O personagem vivido por Sandra Bullock é um exemplo de um estereótipo considerado aceitável socialmente, a mulher branca rica e conservadora, sua visão próxima de um grupo não familiarizada com sua visão de mundo e cultura, apresenta reflexões sobre como esses estereótipos se tornam antagônicos em qualquer contexto no qual o outro é diferente.
No geral, Crash: no limite é um filme que faz o espectador refletir sobre assuntos importantes, como intolerância e violência. O filme serve como uma mensagem sobre como a intolerância e o preconceito são profundamente enraizados na sociedade atual e podem ser encontrados em diferentes lugares e contextos. O filme ensina que é importante que as pessoas sejam mais abertas e tolerantes e, acima de tudo, que as pessoas precisam tomar medidas mais conscientes para enfrentar e combater a discriminação. É uma obra de arte profunda e ao mesmo tempo fácil de ser compreendida, provocando no espectador uma profunda reflexão sobre a sociedade atual e os preconceitos que ainda são tão presentes e limitantes em nossas vidas.
Palavras: 766
Referências:
Crash: No limite. Direção: Paul Haggis. Produção: Cathy Schulman. EUA, 2004.
Ebert, R. (2005). Crash Movie Review & Film Summary (2005). Disponível em: https://www.rogerebert.com/reviews/crash-2005. Acesso em 20 de junho de 2021.
Rovira, A. (2005). Crash: A Powerful Film about Racial Intolerance. Disponível em: https://www.pbs.org/newshour/arts/crash-a-powerful-film-about-racial-intolerance. Acesso em 20 de junho de 2021.
